Quem diz: “Disciplinei meu filho!” quer dizer qualquer outra
coisa, menos isso.
Há termos que se aprende com a modernidade e acabam por
substituir o insubstituível, por exemplo: educador, que é um nome bonito e
abrangente, mas se vier para o dia a dia do professor de maneira exagerada,
acabou com o encanto. Me enoja ver alguns colegas que se dizem educadores em
nome do detrimento do termo “professor”, porque ser professor parece ser
ditador, não é bem assim que vejo a minha profissão, sou professora sim, quando
preciso mandar, mando, dando ao meu aluno uma direção do se tem que fazer
naquele momento. Quando tenho que ouvir e deixar o pequeno agir, extravasar,
analisar e elaborar, me calo, não mando, sequer sugiro. Isto é o natural. Sou educadora
sim, em todos os momentos em que acontece algum aprendizado, seja no meu
trabalho, seja lá em casa, seja numa conversa com a mãe da minha cunhada,
falando sobre cuidar de bebês. Mas vamos ao ponto que me enoja, não permitir-se
ser chamada de professora ou de “tia”, porque se auto intitula educadora,
faça-me um favor, deixa de ser natural e fica chato.
Conheço uma criança que não aprendeu os limites, o famoso
“sem educação”. Pra começo de conversa, o pai nunca disse: “Dei uma bronca”,
ele sempre diz: “Disciplinei meu filho”. E sempre que ouço isso me soa algo do
tipo: pisando em ovos, pois acho que nesta hora o pai quer dizer que ele é
educado e respeita seu filho, por isso não dá bronca, ensina com certa
delicadeza. Bom, o que vejo é que não há resultado, o menino domina a situação,
o pai e os amigos que sofrem com sua falta de limites, sem falar na professora
que fica de cabelo em pé!
Minha mãe já dizia: “O que você não aprender aqui em
casa, com amor, vai prender na rua, e pela dor.”
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